Após 286 dias na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore finalmente retornaram à Terra. Com mais de 9 meses no espaço, a dupla passou por mudanças físicas significativas nesses período, algo comum entre astronautas após longas estadias em microgravidade.
Durante o período na ISS, ambos experimentaram alterações fisiológicas comuns em estadias espaciais extensas: redução da massa muscular, diminuição da densidade óssea e outras adaptações do corpo para um ambiente sem a força gravitacional.
Williams, que realizou duas caminhadas espaciais adicionais durante esta missão, agora soma 608 dias no espaço, o segundo maior tempo entre astronautas americanos, atrás apenas de Peggy Whitson. Seu tempo total em atividades extraveiculares aumentou para 62 horas e 6 minutos.
Já Wilmore acrescenta 286 dias à sua experiência espacial anterior, totalizando 464 dias em órbita.
Sem a força gravitacional da Terra, o corpo humano passa por mudanças significativas. Uma das alterações mais evidentes ocorre nos nossos ossos e músculos.
Em um ambiente de microgravidade (uma gravidade muito fraca, onde pessoas e objetos parecem flutuar, como no espaço), os ossos perdem cerca de 1,5% de sua densidade a cada mês, ou seja, ficam mais frágeis e suscetíveis a fraturas
sso acontece porque, sem o peso constante do corpo pressionando contra o solo, o organismo "entende" que não precisa manter estruturas ósseas tão resistentes.
"É como se o corpo dissesse: 'Por que manter toda essa estrutura se não estou usando?'", explica a Nasa.
Fora isso, os músculos também sofrem uma deterioração acelerada no espaço. Sem o esforço constante contra a gravidade, eles tendem a atrofiar rapidamente.
Justamente por causa disso, os astronautas seguem rotinas rigorosas de exercícios durante toda missão, com treinamentos aeróbicos e de resistência para minimizar essas perdas.
Segundo a NASA, os astronautas devem se exercitar por aproximadamente 2,5 horas por dia quando estão no espaço para reduzir os efeitos da gravidade zero em seus ossos e músculos.
Para isso, a agência desenvolveu máquinas especializadas para que os astronautas façam seus treinos diários. Um dos exercícios tradicionais é corrida em esteira -- cerca de uma hora do regime de exercícios é gasta no equipamento.
Mas além da esteira, os astronautas também têm à disposição um sistema de levantamento de peso e uma máquina de ciclismo.
Outro fenômeno curioso no espaço é a redistribuição dos fluidos corporais. Na Terra, a gravidade mantém os líquidos do corpo predominantemente na parte inferior. No espaço, contudo, essa distribuição muda drasticamente.
Os fluidos se deslocam para a parte superior do corpo, causando o que os astronautas chamam de "moon face" - rostos inchados e mais arredondados. E essa mudança também pressiona os olhos, podendo causar alterações na visão que, em alguns casos, persistem mesmo após o retorno.
"Não tenho nenhum sintoma de nada que possa apontar definitivamente como causado por essa quantidade de tempo no espaço, mas tenho algumas mudanças estruturais e fisiológicas em meus olhos — embora não afetem minha visão", afirmou o astronauta Scott Kelly em entrevista à BBC.
Entre 2015 e 2016, Kelly ficou um ano no espaço, enquanto o seu irmão gêmeo Mark Kelly ficou na Terra.
Mas não são apenas os ossos e músculos que sofrem transformações. O nosso sistema imunológico também é afetado durante longas estadias espaciais.
O estresse do ambiente confinado, a exposição à radiação e as alterações nos ritmos corporais podem enfraquecer as defesas naturais do organismo, tornando os astronautas mais vulneráveis a infecções e reativações de vírus latentes.
Por isso, nesses casos, a radiação espacial também representa um desafio importante. Sem a proteção do campo magnético terrestre, os astronautas ficam expostos a níveis elevados de radiação cósmica, o que aumenta os riscos a longo prazo de desenvolverem câncer e doenças degenerativas.
Aliado a isso, o sono também é frequentemente comprometido. A ausência do ciclo natural de dia e noite, combinada com o espaço limitado e os ruídos constantes dos equipamentos da estação, dificulta um descanso adequado.
Por causa disso, muitos astronautas dependem de medicamentos para conseguir dormir bem durante as missões.
Mas além da esteira, os astronautas também têm à disposição um sistema de levantamento de peso e uma máquina de ciclismo.
Outro fenômeno curioso no espaço é a redistribuição dos fluidos corporais. Na Terra, a gravidade mantém os líquidos do corpo predominantemente na parte inferior. No espaço, contudo, essa distribuição muda drasticamente.
Os fluidos se deslocam para a parte superior do corpo, causando o que os astronautas chamam de "moon face" - rostos inchados e mais arredondados. E essa mudança também pressiona os olhos, podendo causar alterações na visão que, em alguns casos, persistem mesmo após o retorno.
"Não tenho nenhum sintoma de nada que possa apontar definitivamente como causado por essa quantidade de tempo no espaço, mas tenho algumas mudanças estruturais e fisiológicas em meus olhos — embora não afetem minha visão", afirmou o astronauta Scott Kelly em entrevista à BBC.
Entre 2015 e 2016, Kelly ficou um ano no espaço, enquanto o seu irmão gêmeo Mark Kelly ficou na Terra.
Mas não são apenas os ossos e músculos que sofrem transformações. O nosso sistema imunológico também é afetado durante longas estadias espaciais.
O estresse do ambiente confinado, a exposição à radiação e as alterações nos ritmos corporais podem enfraquecer as defesas naturais do organismo, tornando os astronautas mais vulneráveis a infecções e reativações de vírus latentes.
Por isso, nesses casos, a radiação espacial também representa um desafio importante. Sem a proteção do campo magnético terrestre, os astronautas ficam expostos a níveis elevados de radiação cósmica, o que aumenta os riscos a longo prazo de desenvolverem câncer e doenças degenerativas.
Aliado a isso, o sono também é frequentemente comprometido. A ausência do ciclo natural de dia e noite, combinada com o espaço limitado e os ruídos constantes dos equipamentos da estação, dificulta um descanso adequado.
Por causa disso, muitos astronautas dependem de medicamentos para conseguir dormir bem durante as missões.
Mas além da esteira, os astronautas também têm à disposição um sistema de levantamento de peso e uma máquina de ciclismo.
Outro fenômeno curioso no espaço é a redistribuição dos fluidos corporais. Na Terra, a gravidade mantém os líquidos do corpo predominantemente na parte inferior. No espaço, contudo, essa distribuição muda drasticamente.
Os fluidos se deslocam para a parte superior do corpo, causando o que os astronautas chamam de "moon face" - rostos inchados e mais arredondados. E essa mudança também pressiona os olhos, podendo causar alterações na visão que, em alguns casos, persistem mesmo após o retorno.
"Não tenho nenhum sintoma de nada que possa apontar definitivamente como causado por essa quantidade de tempo no espaço, mas tenho algumas mudanças estruturais e fisiológicas em meus olhos — embora não afetem minha visão", afirmou o astronauta Scott Kelly em entrevista à BBC.
Entre 2015 e 2016, Kelly ficou um ano no espaço, enquanto o seu irmão gêmeo Mark Kelly ficou na Terra.
Mas não são apenas os ossos e músculos que sofrem transformações. O nosso sistema imunológico também é afetado durante longas estadias espaciais.
O estresse do ambiente confinado, a exposição à radiação e as alterações nos ritmos corporais podem enfraquecer as defesas naturais do organismo, tornando os astronautas mais vulneráveis a infecções e reativações de vírus latentes.
Por isso, nesses casos, a radiação espacial também representa um desafio importante. Sem a proteção do campo magnético terrestre, os astronautas ficam expostos a níveis elevados de radiação cósmica, o que aumenta os riscos a longo prazo de desenvolverem câncer e doenças degenerativas.
Aliado a isso, o sono também é frequentemente comprometido. A ausência do ciclo natural de dia e noite, combinada com o espaço limitado e os ruídos constantes dos equipamentos da estação, dificulta um descanso adequado.
Por causa disso, muitos astronautas dependem de medicamentos para conseguir dormir bem durante as missões.
Não bastasse todos esses desafios em órbita, para Williams e Wilmore, os primeiros dias aqui na Terra também serão particularmente desafiadores. Após nove meses em microgravidade, seus corpos precisarão reaprender a funcionar sob a influência da gravidade terrestre.
Nos momentos iniciais após o pouso, os astronautas geralmente precisam de apoio físico para se manterem em pé.
Isso acontece porque o nosso corpo, acostumado com a ausência de gravidade, perde temporariamente a capacidade de coordenar movimentos e manter o equilíbrio. A tontura e o enjoo são sintomas comuns nessa fase inicial.
De modo geral, a recuperação física completa segue um cronograma rigoroso de aproximadamente 45 dias, com exercícios diários específicos para recuperar força e resistência.
Durante esse período, uma equipe médica especializada monitora constantemente o progresso e ajusta os protocolos conforme necessário.
"É como aprender a andar novamente", comentou Kelly após sua missão no espaço. "Seu cérebro sabe o que fazer, mas seu corpo simplesmente não responde como você espera."
Um dado preocupante, porém, é que cerca de 92% dos astronautas sofrem algum tipo de lesão após o retorno à Terra, sendo que metade delas ocorre no primeiro ano.
As mais comuns são: distensões e torções musculares (59%), lesões em tendões (20%), fraturas (16%) e problemas relacionados à baixa densidade óssea (5%).
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