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27/02/2019 às 16h50min - Atualizada em 27/02/2019 às 16h50min

Trump é 'racista, vigarista, trapaceiro', diz ex-advogado no Congresso

Michael Cohen diz que Trump sabia que um de seus colaboradores estava em contato com o Wikileaks para vazar e-mails que prejudicassem a campanha de sua concorrente, Hillary Clinton

Michael Cohen, ex-advogado pessoal de longa data de Donald Trump, atacou seu ex-cliente afirmando que ele é "racista, vigarista e trapaceiro" em um depoimento explosivo ante o Congresso americano nesta quarta-feira (27).
Cohen disse que nas eleições de 2016 Trump sabia que um de seus colaboradores estava em contato com o Wikileaks para vazar e-mails que prejudicassem a campanha de sua concorrente, Hillary Clinton. Também afirmou que "suspeita" de um conluio com russos ligados ao Kremlin, mas que não tem provas para apresentar.
Dirigindo-se ao Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara, Cohen - que foi condenado à prisão por crimes relacionados em parte com seu trabalho para Trump - expressou arrependimento por sua lealdade ao presidente no passado.
 

"Estou envergonhado por ter escolhido participar dos atos ilícitos de Trump ao invés de ouvir minha própria consciência", afirmou Cohen.

 

"Ele é um racista. Ele é um vigarista. Ele é um trapaceiro", enfatizou.

 
Pagamento a mulheres
 
Cohen disse que estava apresentando provas "irrefutáveis" dos erros de Trump, incluindo um cheque de "suborno" pago a duas mulheres pouco antes da eleição de 2016.
Cohen assumiu a culpa no escândalo envolvendo a compra do silêncio de duas mulheres que supostamente tiveram relações com Trump. Ele pagou a atriz pornô Stormy Daniels e a ex-modelo da "Playboy" Karen Mcdougal para manterem silêncio sobre supostos relacionamentos com Trump e por evasão de divisas.
 
Relação com a Rússia
 
Ele também disse que Trump dirigiu as negociações para construir uma Trump Tower em Moscou durante a campanha eleitoral de 2016, apesar de negar qualquer vínculo comercial com os russos.
Sobre a relação da equipe de campanha de Trump com russos ligados ao governo de Vladimir Putin, que é objeto de investigação, Cohen disse que não tem provas, mas que suspeita de um conluio:

"Foi perguntado se sabia de provas diretas que demonstrassem que Trump ou sua equipe de campanha haviam conspirado com a Rússia. Não tenho. Quero ser claro. Mas tenho suspeitas", disse Cohen.

 
Vazamento de e-mails do Partido Democrata
 
Cohen ainda afirmou que seu ex-chefe sabia que um de seus colaboradores estava em contato com o WikiLeaks para a publicação de milhares de e-mails roubados do Partido Democrata, que abalaram a campanha de sua adversária, Hillary Clinton, nas eleições presidenciais de 2016.

"Trump era um candidato presidencial que sabia que Roger Stone (colaborador da campanha) estava conversando com Julian Assange (fundador do WikiLeaks) sobre um vazamento dos e-mails do Comitê Nacional Democrata", disse.

"Dias antes da convenção democrata, eu estava no escritório de Trump quando a secretária dele anunciou que Roger Stone estava no telefone. Trump colocou Stone no viva-voz e ele disse a Trump que tinha acabado de falar com Julian Assange", afirmou Cohen.
Na conversa, Assange teria dito a Stone que vazaria uma série de e-mails que prejudicariam a campanha de Hillary. Trump então, segundo seu ex-advogado, respondeu: "Não seria genial?"
 
Fonte: G1 Globo
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