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21/10/2021 às 10h23min - Atualizada em 21/10/2021 às 10h23min

PF DEFLAGRA OPERAÇÃO QUE INVESTIGA CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21/10), a Operação Laissez Faire, Laissez Passer. Cerca de 10 policiais federais cumprem em Niterói, no Rio de Janeiro, dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba (PR), dentro das investigações que apuram crimes contra a Petrobras.
Segundo informações da PF, as medidas visam aprofundar as investigações acerca de práticas criminosas cometidas na antiga Diretoria de Abastecimento da empresa. Segundo dirigente de uma empreiteira nacional, que veio a celebrar acordo de colaboração premiada com a Justiça, foram realizados pagamentos de vantagem indevida para o então diretor de Abastecimento, assim como por agente político que havia sido responsável pela sua indicação para aquele cargo dentro estatal.
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Os pagamentos ilícitos teriam sido operacionalizados por um empresário investigado, que, para ocultar e dissimular a origem espúria dos recursos, teria celebrado contratos de prestação de serviços fictícios com a empreiteira, bem como emitido notas fiscais falsas. Os recursos seriam, então, destinados para o custeio de despesas pessoais do diretor da estatal, a exemplo de benfeitorias que teriam sido realizadas em seu apartamento.
Por sua vez, a fim de auxiliar a resolução comercial de pendências contratuais que a empreiteira tinha junto à estatal, pagamentos teriam também sido operacionalizados em benefício do agente político responsável pela indicação do então diretor de Abastecimento, mediante entregas de recursos em espécie para a chefe de gabinete do parlamentar.
O avanço das investigações, assim como as provas apresentadas pelo empreiteiro colaborador da Justiça, revelou que parte dos recursos recebidos pelo operador investigado eram destinados à investigada que ocupava a posição de secretária do diretor de Abastecimento.
Mensalidade paga
Diversas mensagens de e-mail, SMS, além de análise de documentos e extratos de pagamentos obtidos durante a investigação, mostraram que a funcionária, valendo-se de sua posição, solicitava vantagens indevidas ao operador, as quais eram atendidas pelo investigado e se materializavam na quitação de mensalidades (pagamentos de boletos de estabelecimento de ensino superior) de curso do filho da investigada. Tais despesas eram suportadas pelo investigado com os recursos obtidos a partir do acerto mantido com o empreiteiro colaborador da Justiça.
Assim, as medidas judiciais cumpridas hoje visam elucidar a possível prática de crimes narrados pelo colaborador, assim como aprofundar o rastreamento de recursos e bens de origem criminosa.
A investigação policial recebeu o nome de Operação Laissez Faire, Laissez Passer por causa da aparente banalidade e perspectiva de impunidade com que crimes teriam sido praticados nas mais diversas esferas hierárquicas da empresa vítima.
A Polícia Federal segue nas investigações para identificar e responsabilizar os suspeitos dos crimes.

Fonte: Metrópoles
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