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30/09/2021 às 10h02min - Atualizada em 30/09/2021 às 10h02min

CONSUMIDORES RELATAM SOFRER COM NEGLIGÊNCIA DA ENEL

Diante das chuvas que começaram em Goiás na última quinta-feira, 24, e que se prolongaram até a madrugada do domingo, 26, muitos goianos precisaram enfrentar impasses advindos da interrupção do fornecimento de energia e também da demora para o reestabelecimento desse serviço, o que acabou por provocar uma onda de reclamações e denúncias contra a Enel.

De acordo com dados fornecidos pelo Procon Estadual, no ano de 2020, o órgão chegou a registrar, entre os meses de janeiro e setembro, um total de 1.308 reclamações e denúncias quanto ao fornecimento de energia feito pela Enel. No acumulado de todo o ano, esse mesmo número subiu para 1.676. Já no que tange a 2021, no período de janeiro até o presente mês de setembro, o número de denúncias e reclamações obtidas pelo Procon já chegou a um total de 1.134.

Conforme relatado pela assessoria do Procon Goiás, se desejássemos obter a quantidade total de denúncias e reclamações feitas contra a Enel no ano de 2020 no que diz respeito a filtros como: “serviço não realizado no prazo ou incompleto”, “instabilidade/interrupção no fornecimento” para denúncias feitas por meio do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, o Sindec, e também para reclamações feitas por meio do Procon Web – relativas também a “vícios e ofertas” – obteríamos o total de 626 chamados abertos. Já para os mesmo filtros relativos ao período que vai de janeiro de 2021 até setembro do presente ano, o número total de denúncias passa a ser de 483.

Queixas de consumidores 

Suzane Duarte, moradora do Jardim Ana Lúcia, relatou que chegou a ficar mais de 24 horas sem energia, depois que o transformador de sua rua queimou durante a forte chuva ocorrida na capital na madrugada do último domingo, 26. De acordo com ela, ao entrar em contato com a Enel para reportar o fato, equipes de atendimento informaram que o fornecimento seria reestabelecido até as 19:30 h do mesmo dia. No entanto, mesmo após o fim desse prazo, o problema não foi solucionado e a energia não tinha voltado. 

O fornecimento só foi normalizado na segunda-feira, 27, depois de mais de 33 horas de interrupção. Suzane chegou a relatar que o motor do portão eletrônico de sua casa acabou queimando, assim como o congelador de sua geladeira, o que ocasionou a perda de alguns alimentos. A estudante evidenciou ainda que precisou se dirigir à casa de amigos para conseguir ter acesso à rede de energia e realizar suas atividades.

Cristiane Maria Ascari Morgado, professora de francês que reside na cidade de Anápolis, também relata ter vivido um impasse com a Enel ao precisar pedir pelo religamento do relógio de seu apartamento.O fornecimento de energia foi cortado atendendo a uma solicitação de cancelamento de conta do antigo morador do imóvel. Depois de se mudar, a professora entrou em contato com a Enel para que o religamento fosse feito, dessa vez em seu nome.No entanto, a professora alega ter enfrentado o descaso e o fornecimento de informações erradas por parte da central de atendimento. 

“O morador anterior estava em seu pleno direito ao solicitar o cancelamento, já que ele havia se mudado do imóvel. A questão é que a Enel agiu com descaso depois que eu entrei em contato solicitando uma resolução para o impasse”, relatou. “Se eles tivessem me falado na primeira ligação que se tratava de um cancelamento, talvez teria dado tempo de solicitar a reativação do serviço”, afirma. 

“Primeiro me disseram que tinham cerca de três dias úteis para resolverem o problema. Depois me falaram que na verdade os atendentes me informaram de maneira errada e que o prazo em questão era somente para que uma vistoria fosse realizada.”, conta a professora que precisou se mudar para a casa de amigos para conseguir realizar suas atividades, uma vez que o religamento demorou dez dias para ser feito.

Fonte: Jornal Opção
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