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16/02/2019 às 10h38min - Atualizada em 16/02/2019 às 10h38min

Uber recebe US$ 50 bi em corridas em 2018, mas lucro ainda não aparece

A caminho de ter ações na bolsa, empresa teve prejuízo um pouco menor do que no ano anterior.

Uber acumulou US$ 50 bilhões em corridas em seus serviços de transporte de passageiros e entrega de comida em 2018, um indicativo do tamanho e alcance global da empresa enquanto se prepara para atrair investidores para uma das maiores ofertas públicas iniciais de ações da história.
O número de corridas de 2018 foi 45% maior do que o de 2017, divulgou a companhia nesta sexta-feira (15). Mas os dados mostraram que a receita subiu apenas 2% no 4º trimestre, um sinal de que a empresa continua a subsidiar corridas em mercados disputados e que levanta dúvidas sobre as possibilidades de crescimento.
A receita anual do Uber em 2018 foi de US$ 11,3 bilhões, alta de 43% sobre o ano anterior.

O prejuízo antes de impostos, depreciação e outras despesas foi de US$ 1,8 bilhão ante US$ 2,2 bilhões de resultado negativo em 2017.

 
Entrada na bolsa de valores
 
Em dezembro, o Uber fez um pedido confidencial de oferta pública inicial, que pode ocorrer já no 2º trimestre deste ano. A empresa está correndo com a rival Lyft para promover o primeiro IPO de uma empresa de transporte urbano por aplicativo.
"Ano passado foi nosso mais forte até agora e o 4º trimestre marcou outro recorde", disse o vice-presidente financeiro do Uber, Nelson Chai.
A companhia afirmou que as corridas brutas no 4º trimestre somaram um recorde de US$ 14,2 bilhões, alta de 11% sobre o trimestre anterior. A receita no 4º trimestre alcançou US$ 3 bilhões, 2% acima do 3º trimestre e de 24 por cento na comparação anual.
"O Uber precisa mostrar que pode controlar custos e fazer dinheiro, basicamente precisa fornecer um forte argumento de que seu modelo de negócios não é falho e que pode conseguir lucratividade sustentável apesar das questões com motoristas, clientes e políticos", disse David Brophy, professor de finanças da Escola de Negócios Ross, da Universidade de Michigan.
 
Contas no vermelho
 
A intensa competição com rivais ao redor do globo tem mantido as contas do Uber no vermelho.
A empresa compete na Índia contra a Ola, na América Latina contra a chinesa Didi Chuxing e no Oridente Médio contra a Careem, que têm pressionado o grupo norte-americano a reduzir preços de corridas, aumentar pagamentos a motoristas e investir pesado em marketing e recrutamento.
O Uber Eats também tem brigado em uma indústria lotada de concorrentes, o que tem forçado a empresa a dar descontos para competir com empresas como a startup DoorDash, que está no processo de levantar US$ 500 milhões junto a investidores e é avaliada em US$ 6 bilhões, e a Postmates, que fez neste mês um pedido para IPO.
O Uber não tem planos para desacelerar investimento no Uber Eats ou em outras áreas custosas como direção autônoma para mostrar que consegue ter lucro.
O prejuízo da companhia antes de juros, impostos e depreciação disparou no 4º trimestre para US$ 940 milhões, altas de 43% sobre o trimestre anterior e de 21% na comparação com 2017.
"Acredito que os investidores vão perdoar até um aumento de prejuízo no 4º trimestre se houver evidência de um crescimento significativo da receita", disse Arun Sundararajan, professor de negócios da Escola de Negócios Stern, da Universidade de Nova York.
 
Fonte: G1 Globo
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