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11/05/2021 às 09h56min - Atualizada em 11/05/2021 às 09h56min

GOIANA MORRE COM CÂNCER APÓS SER MANTIDA EM CATIVEIRO E SOFRER SÉRIE DE ABUSOS NA BÉLGICA, DIZ FAMÍLIA

A família de Cristianny Fernandes de Sousa, de 30 anos, afirma que ela morreu em Bruxelas, na Bélgica, por causa de um câncer no útero. Eles contam que, antes disso, ela sofreu abusos e foi mantida em cativeiro.

O G1 entrou em contato com o Itamaraty por e-mail, às 15h28, questionando se já foram notificados sobre o caso e aguarda um retorno.

A morte foi confirmada à família no domingo (9).

Sobrinha de Cristianny, Clea Gonçalves de Sousa, de 30 anos, conta que a tia se mudou para a Europa em 2019, após receber uma proposta de emprego na área de limpeza por parte de um homem que havia conhecido pela internet. Segundo a parente, ela sonhava dar melhores condições de vida para as filhas, de 5 e 9 anos, que ficaram em Goiás.

Clea contou ainda que o homem que fez a proposta de emprego pagou as passagens de Cristianny e, depois que ela chegou, a manteve em cárcere privado na casa dele.

“Ela chegou a relatar para a gente que havia sido estuprada pelo português que tinha feito a proposta de emprego. Ela disse que foram várias vezes”, contou a sobrinha.

Segundo a família, Cristianny conseguiu fugir do cativeiro com a ajuda de uma mulher e procurou a polícia, além de pedir ajuda para o Coletivo dos Brasileiros Sem Papeis da Bélgica, que a encaminhou para um hospital.

De acordo com a sobrinha, posteriormente, a tia foi diagnosticada com o câncer, o qual acreditava ser em decorrência da infecção causada pelos abusos. Nos últimos meses, ela ficou acamada.

Traslado

Nesta segunda-feira (10), a família tenta junto ao governo trazer o corpo de Cristianny para ser velado e enterrado na cidade em que morava, Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia.

Em nota, a Secretaria de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás afirmou que foi notificada sobre a morte da goiana e que o processo de solicitação do auxílio funerário está em fase preparatória.

O governo tem o Programa de Auxilio Funerário aos Goianos Vitimados no Exterior, que atende familiares que não têm, comprovadamente, condições financeiras para promover o repatriamento.

No entanto, a secretaria adianta que a cobertura financeira corresponde ao valor referente à cremação do cadáver no local do óbito e despesas com o traslado de cinzas das vítimas.

A família disse que quer fazer o traslado do corpo em um caixão, para que seja velado. Referente a isso, o governo disse que é possível que os parentes consigam utilizar o valor que seria referente à cremação e complementar o restante junto à funerária responsável. O processo de liberação de pagamento para a funerária deve demorar, em média, de 5 a 10 dias.


Fonte: G1
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