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25/03/2021 às 10h01min - Atualizada em 25/03/2021 às 10h01min

Aluno percorre 2 km com uma égua para buscar atividades em colégio de Luziânia

Com a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia de coronavírus, o estudante Lorran Dias dos Santos, de 13 anos, teve de buscar uma alternativa para manter os estudos, já que a internet na casa dele é ruim.

Com a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia de coronavírus, o estudante Lorran Dias dos Santos, de 13 anos, percorre um trecho de quase 2 quilômetros com a sua égua, Kíria, para buscar as atividades no Colégio Estadual Professora Ester da Cunha Peres, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal, a cada 15 dias.
"Eu vou a cavalo para a escola porque é o jeito que eu tenho de estudar. Estudar é o que vai definir o que você vai ser no futuro", afirma o adolescente.
Lorran cursa o oitavo ano do ensino fundamental e sonha em se formar em agronomia ou medicina veterinária. Ele conta que gosta muito de estudar e que preferia as aulas presenciais do que as remotas, por causa do contato com os colegas e professores.
A mãe de Lorran, Lucivânia Dantas Dias, de 40 anos, afirmou que a conexão à internet é muito ruim na casa da família. “É uma internet de poucos gigas, é difícil acompanhar [as aulas]”, explicou.
Além disso, Lucivânia pontuou que o ensino remoto tem trazido muitas dificuldades, pois ela e o marido trabalham e não conseguem dar o suporte ao estudante. “Dentro de casa é difícil ter o acompanhamento. Eu e o pai trabalhamos, se ele tiver alguma dúvida, não tem ninguém para ajudar”, relatou.
Demanda
A diretora do colégio, Laurinda Ribeiro, contou que Lorran é um aluno muito estudioso e responsável com as atividades escolares. A unidade, ressaltou ela, tem se esforçado para atender às necessidades de todos os estudantes durante o ensino remoto.
"Para os alunos que têm dificuldade com o acesso a internet, nós disponibilizamos atividades impressas. Eles buscam de 15 em 15 dias e retornam para trazer atividades e receber as devolutivas dos professores”, contou Laurinda.
A diretora explicou que no ano passado foram disponibilizados pelo estado alguns celulares com acesso à internet para os alunos, com o intuito de facilitar a integração nas aulas remotas. No entanto, foram poucos aparelhos e não foi possível atender à demanda da instituição.



Fonte: G1 Góias
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