Os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) ainda não têm data para retomar as atividades presenciais, mesmo com a autorização do Centro de Operações de Emergência (COE) de Goiânia autorizar o funcionamento. O motivo seria a segurança sanitária para alunos e servidores. Já na rede particular, as aulas foram liberadas com o limite de 30% da capacidade.
As aulas estão suspensas desde março devido à pandemia de Covid-19. De acordo com Secretaria Municipal de Goiânia, “as aulas presenciais permanecem suspensas até que o cenário epidemiológico seja favorável para um retorno seguro, tanto para alunos quanto professores e servidores administrativos”. Entretanto, não foi definida uma data de quando isso pode acontecer e se poderia ser ainda este ano.
A secretaria informou que, independentemente disso, as unidades têm trabalhado na readequação e higienização dos ambientes e que os protocolos de retorno já estão sendo construídos com participação dos servidores.
Na reunião do COE municipal de terça-feira (13), foi liberado o retorno parcial de berçários, escolas de educação infantil e eventos, inclusive com música ao vivo. A medida só foi possível devido à redução dos índices de contaminação e mortes por Covid-19.
“Na rede pública, o secretário municipal colocou alguns pontos em que a rede pública é diferente da rede privada, então ele achou melhor, nesse momento, não reabrir os Cmeis”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Yves Mauro Ternes.
O protocolo envolve cuidado com higienização de brinquedos, distanciamento de colchonetes e limitação a 30% da capacidade.
Porém, nas escolas de nível fundamental e médio, não há previsão exata de retorno nem para a rede municipal e nem para a estadual. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, o COE municipal seguirá, nesse quesito em específico, as deliberações do conselho estadual.
O superintendente de Atenção Integral à Saúde de Goiás, Sandro Rodrigues, disse que as instituições de ensino seguirão suspensas até que haja uma redução no número de óbitos. A expectativa é que a meta seja atingida no final de outubro e que o provável retorno seria em novembro.
A reabertura das escolas ainda gera polêmica entre os próprios pais de alunos. “Eu e minha esposa somos contra o retorno das aulas presenciais pois traz muito risco de transmissão de Covid-19 e nosso filho está tendo um ótimo rendimento com aulas online”, disse o servidor público André Luiz Lopes de Mendonça.
Já a doméstica Kênia da Silva, que tem dois filhos, defende a volta às aulas. “Se tudo volta, um bar pode abrir, que são várias pessoas juntas, por que não uma escola?”, disse.
Para a presidente da Sociedade Goiana de Infectologia, Christiane Kobal, a discussão deve ser feita com muito cuidado. “Nós estamos no melhor momento para abrir as escolas? Eu acho que é uma discussão que deve ser baseada no número de casos novos da Covid-19. Hoje, eu acho extremamente complicado, extremamente difícil, que as cidades consigam abrir as escolas de forma segura”, afirmou.
Fonte: G1Goiás