O médico suspeito de agredir e atirar contra a namorada no estacionamento de um hospital em Goiânia foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), na terça-feira (6), por tentativa de feminicídio.
A denúncia contra o cirurgião plástico Márcio Antônio Barreto Rocha foi recebida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, que determinou a citação do médico para responder a acusação em 10 dias.
O G1 entrou em contato, por mensagem, às 10h25 desta quarta-feira (7), com a defesa do médico e aguarda retorno.
O crime aconteceu no dia 25 de setembro e foi registrado por câmeras de monitoramento do estacionamento de um hospital particular no Setor Bueno, do qual o cirurgião é sócio (veja vídeo acima). Segundo a Polícia Civil, o médico efetuou dois disparos. Um deles atingiu a perna da mulher e o outro a perna dele.
Ambos chegaram a ser internados, mas tiveram alta pouco depois do ocorrido. O médico foi preso e continua detido na Casa de Prisão Provisória (CPP).
A vítima chegou a retirar a denúncia contra o médico, no dia 29, mas a polícia seguiu com as investigações, em Goiânia. Segundo a delegada Paula Meotti, a empresária alegou, na ocasião, que o cirurgião não representava risco a ela.
Nas imagens, o médico aparece jogando objetos da bolsa da vítima no chão. Depois, ele arremessa o acessório para longe.
Em outro momento, a mulher aparece correndo para o carro. O médico tenta tirá-la de dentro do veículo, puxando pelos cabelos.
O vídeo para e retoma quando a mulher está caída no chão e fora do carro. Em seguida, uma pessoa aparece para tentar ajudar.
O casal estava junto há quatro meses. A mulher relatou à polícia que já tinha sido agredida anteriormente, mas não denunciou o namorado por medo de uma suposta influência social e financeira que o médico possa ter para protegê-lo da investigação.
"Ela nos narrou que ele praticou outras situações de perturbação, ameaça, divulgação de material íntimo dela, mas que nunca procurou a polícia para registrar. Então, há um histórico de violência não registrado", disse a delegada Paula Meotti.
Fonte: G1Goiás