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06/10/2020 às 13h29min - Atualizada em 06/10/2020 às 13h29min

Muita dor e comoção no velório da jovem Karol em Chapadão do Céu

Ana Karolina Fernandez, de 22 anos, moradora de Chapadão do Céu , cursava medicina em Buenos Aires e caiu do 13º andar de prédio. Família ficaram na espera por mais de um mês para poder prestar as últimas homenagens.

G1/Destakinews
G1 Goias / Destakinews
O corpo da estudante brasileira Ana Karolina Fernandez, de 22 anos, que morreu ao cair no poço de um elevador na Argentina, foi velado e sepultado na manhã desta terça-feira (6), em Chapadão do Céu, no sudoeste de Goiás, onde a família mora. O velório aconteceu na Paróquia Nossa Senhora Rainha do Céu para parentes e amigos da jovem. O enterro foi realizado às 11h, no Cemitério Municipal. Parentes e amigos prestaram as últimas homenagens à Karol, como era conhecida, após aguardarem mais de um mês pelo traslado do corpo dela, que chegou ao Brasil na segunda-feira (5), 31 dias após a morte da jovem.
Ana Karolina, que cursava medicina em Buenos Aires, sofreu uma queda do 13º andar de um prédio, no dia 4 de setembro. Desde então, a família vivia a angústia de trazer o corpo para o Brasil e enterrá-lo na cidade onde os pais da jovem moram.
A demora ocorreu devido a uma investigação da polícia argentina para apurar as causas da morte. Só depois da liberação das autoridades policiais, é que foram realizados os trâmites preparatórios para deixar a Argentina.
O caixão com o corpo de Ana Karolina foi transportado em um voo que saiu de Buenos Aires na segunda-feira, às 10h (horário de Brasília), com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em São Paulo. De lá, o corpo foi levado de carro até Chapadão do Céu, a quase 900 km de distância.
A mãe da jovem, Silvana Lara Ferreira, agradeceu em uma publicação nas redes sociais pelo apoio recebido.
"Gostaria de avisar a todos que finalmente conseguimos o voo para trazer minha filha Karol. Estávamos apreensivos porque estava bem difícil, mas, graças a Deus, agora está confirmado. Desde já agradeço a todos por toda ajuda", disse no post.
Inicialmente, a família calculou o valor de mais de R$ 28 mil para trazer o corpo de Buenos Aires para São Paulo. A família fez uma campanha para ajudar a custear o procedimento e conseguiu arrecadar o dinheiro necessário.
A família conseguiu um visto especial para poder buscar os pertences de Ana Karolina no país vizinho. Por conta da pandemia, é necessário aos brasileiros que lá desembarcam passar por uma quarentena até poder regressarem. Mas, com o documento, não será necessário cumprir esse período. Dois tios da jovem embarcam no próximo dia 18 para Buenos Aires.
Possível falha no elevador
A família já foi informada de que a polícia local tem como principal hipótese para a causa da morte uma falha no elevador do edifício. Nos últimos dias, chegou a ser cogitada a tese de homicídio.
"A investigação caminha para isso, para uma falha no elevador, afastando a tese de homicídio. Essa informação nos foi repassada pela funerária, que recebeu um ofício do Ministério Público argentino", afirmou o advogado Carlos Eduardo Correa da Silva, que é tio de Ana Karolina e está cuidando dos trâmites burocráticos.
A estudante morreu depois de sair para comemorar a aprovação em uma prova de patologia. Um perfil chegou a ser criado nas redes sociais por amigos da jovem cobrando uma investigação "transparente" sobre a morte.
O G1 tenta contato, por e-mail, com a Polícia Metropolitana de Buenos Aires desde o dia 12 de setembro, para saber o andamento das investigações. No entanto, não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A família da estudante é natural de São Paulo, mas se mudou quando Ana Karolina tinha 6 anos para a cidade goiana de Chapadão do Céu. Lá ela viveu até os 18, quando foi para a Argentina cursar medicina, que era o grande sonho dela.
Fonte : G1/Goias / Destakinews
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