Preso em Goiânia, um fazendeiro foi um dos alvos da Operação Cavok, que apreendeu 23 aviões em ação que apura um grupo suspeito de tráfico internacional de drogas, que agia na fronteira entre Brasil e Paraguai. Segundo a Polícia Federal, o homem era o piloto de uma aeronave que transportava 130 kg de cocaína no fim do ano passado, da Bolívia para o Paraguai. Ele não detido à época porque, ao ser abordado pela polícia, conseguiu levantar voo e escapar.
Além dele, outras duas pessoas também foram presas no Mato Grosso do Sul, sendo uma em flagrante, onde as aeronaves foram apreendidas. Os nomes dos detidos não foram revelados.
A operação ocorreu na quinta-feira (6). Além das prisões, ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. A ação foi coordenada pela Polícia Federal do MS e contou com apoio do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) da PM de Goiás.
Um dos mandados de busca foi cumprido numa propriedade rural pertencente ao fazendeiro preso, localizada em Morro Agudo de Goiás, região central do estado.
A decisão judicial que determinou os mandados, expedida pela 1ª Vara Federal de Ponta Porã/MS, autorizou ainda o sequestro desta de e outras duas fazendas, além de um apartamento de luxo. Todos situados em Goiás e pertencentes ao preso, os imóveis estão avaliados em mais de R$ 40 milhões. A PF afirma que eles foram adquiridos com dinheiro do tráfico.
Os presos responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e falsidade ideológica, cuja pena em caso de condenação é de mais de 40 anos.
De acordo com a PF, o fazendeiro preso transportou 130 kg de cocaína da Bolívia para o Paraguai, em 24 de novembro do ano passado. Ele pousou em Pedro Juan Caballero e conseguiu descarregar a droga.
O avião estava sendo monitorado pela polícia paraguaia, que fez a abordagem. Apesar disso, antes de ser capturado, ele conseguiu novamente levantar voo e fugir.
Dois homens que estavam escoltando a aeronave na ocasião foram presos em flagrante.
Fonte: G1Goiás
