Uma adolescente com deficiência auditiva se emocionou ao ver que os pais e o irmão estavam usando máscaras inclusivas, com transparência na boca, para que ela pudesse fazer a leitura labial com mais facilidade (veja o vídeo acima). Desde o início da pandemia, que motivou o uso de máscaras, Rebeca Carolina Santos Vieira, 17 anos, estava tendo problemas para entender o que as outras pessoas diziam devido à boca estar coberta.
A surpresa foi organizada pela mãe da garota, a professora Rosa dos Santos Silva Vieira. A família mora em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A menina foi surpreendida quando estava na cama e não segurou as lágrimas.
“Eu nem imaginava que ela iria ficar tão emocionada”, disse Rosa.
Rebeca consegue conversar e usa aparelho para o problema auditivo. Mas revela que ver o que a pessoa está falando facilita ainda mais seu entendimento.
“O aparelho ajuda, mas a leitura labial é mais prática para mim. Eu entendo mais”, afirma.
As máscaras com transparências foram produzidas em Goiânia pela fonoaudióloga Laryssa Alves Teixeira. Ela viu um modelo na internet e pediu que os pais pudessem replicar.
"Eu espero que mais pessoas, os comerciantes, outros terapeutas e outros profissionais também adquiriam essa máscara", conta.
A dona de casa Luciana do Nascimento Silva também adquiriu a máscara inclusiva para ajudar na comunicação com o filho João Marcelo, de 5 anos, que é autista.
"“Eles são muito visuais. Para ele adquirir a fala correta, ele precisa ter o modelo correto. Ele precisa ver a articulação da boca. Ele precisa ver a modelagem do fonema para poder estar adquirindo isso de uma forma correta", destaca.