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03/04/2020 às 18h15min - Atualizada em 03/04/2020 às 18h15min

Novo decreto do governo estende a quarentena para evitar coronavírus, mas libera feiras e cartórios em Goiás

Regras de isolamento seguem até 19 de abril. Comércio em geral, lojas da região da 44, academias, shoppings e indústrias devem ficar fechados, com algumas exceções.

O comércio, shoppings, restaurantes, academias e indústrias devem continuar fechados até 19 de abril para evitar a disseminação de coronavírus em Goiás. A medida foi publicada nesta sexta-feira (3), em novo decreto assinado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). A regra também vale para o isolamento social.
O texto prorroga a maioria das regras definidas no decreto de 13 de março. Entre as exceções está o funcionamento das feiras livres de hortifrutigranjeiros, que podem ser abertas a partir de segunda-feira (6), desde que observadas as boas práticas de operação padronizadas pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Porém, foi vedado o funcionamento de restaurantes e praças de alimentação, o consumo de produtos no local e a disponibilização de mesas e cadeiras aos frequentadores.
Com a prorrogação do decreto, seguem fechados: o comércio em geral, academias, consultórios odontológicos, shoppings centers, as lojas da Região da 44, indústrias que não produzem insumos para o combate da pandemia, igrejas e templos religiosos, shows e eventos continuam suspensos, entre outros.
Os cartórios extrajudiciais foram liberados para funcionar, mas devem obedecer às normas da Corregedoria-Geral de Justiça de Goiás. Os estabelecimentos que estejam produzindo exclusivamente equipamentos e insumos para auxiliar o combate à Covid-19 também poderão funcionar, de acordo com o decreto.
"Assinamos nesta sexta um novo decreto prorrogando a quarentena até 19 de abril de 2020, com o objetivo de diminuir a velocidade da proliferação do coronavírus em nosso estado", afirmou Caiado.

Veja o que pode abrir com o novo decreto:

  • Estabelecimentos que estejam produzindo exclusivamente equipamentos e insumos para auxiliar o combate à Covid-19;
  • Feiras livres de hortifrutigranjeiros, sendo vedado o funcionamento de restaurantes, praças de alimentação e consumo de produtos no local;
  • Escritórios de profissionais liberais, sendo vedado o atendimento presencial ao público;
  • Atividades administrativas das instituições de ensino públicas e privadas.;
  • Autopeças;
  • Oficinas e borracharias às margens de rodovias;
  • Restaurantes e lanchonetes de postos de combustíveis localizados às margens das rodovias;
  • Cartórios extrajudiciais, desde que observadas as normas editadas pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás.

Setor produtivo

Para evitar perdas maiores no setor produtivo, o governador anunciou um trabalho conjunto entre estado e governo federal para liberar linhas de crédito com juros baixos e longos prazos de financiamento. O objetivo é ajudar micro e pequenos empresários a manter os funcionários contratados e reforçar o capital de giro dos negócios.
"Solicitei ao governo federal que o recurso do FCO [Fundo de Financiamento do Centro-Oeste] seja destinada a micro e pequenas empresas, com juros baixos, para terem condições de manter os funcionários ao longo da quarentena", explicou Caiado.
O governador sugeriu que as indústrias automobilísticas, de tratores e máquinas, por exemplo, usem suas estruturas para desenvolver ventiladores mecânicos para hospitais. "Pode não ser o equipamento perfeito, mas pode ajudar muito se funcionar", disse Caiado.

Hospitais de campanha

Novos hospitais dedicados ao atendimento de casos suspeitos e confirmados de pacientes com coronavírus deverão ser abertos nos próximos dias, em parceria com o governo federal, doador de maquinários e equipamentos de proteção individual.
As unidades a serem colocadas em funcionamento estarão em Águas Lindas de Goiás, anunciada como a maior da região Centro-Oeste em capacidade operacional, em Itumbiara e Porangatu, que passará por adequação.

Divisas com outros estados

Sobre a situação das divisas de Goiás com outros estados, Caiado disse que pediu aos governadores que fechem os comércios próximos ao território goiano.
"Não é justo que a gente que cumpre as regras sanitárias receba transmissão de outros estados", afirmou.
 

Fonte : 

Por Rafael Oliveira, G1 GO


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