Destakinews Publicidade 728x90
14/01/2020 às 16h41min - Atualizada em 14/01/2020 às 16h41min

Motorista que atropelou grávida e filha de 4 anos dirigia entre 94 e 104 km/h por avenida de Goiânia, conclui laudo

Velocidade permitida na Avenida Independência, onde aconteceu o acidente, é de 60km/h. Câmeras registraram o momento exato da batida que causou a morte da dupla, em Goiânia

A Polícia Técnico-Científica concluiu que a motorista que atropelou e matou uma mulher grávida e a filha de 4 anos estava entre 94,62km/h e 104,07Km/h, na Avenida Independência, em Goiânia, conforme laudo divulgado nesta terça-feira (14). A velocidade máxima permitida na via é de 60km/h. Câmeras de monitoramento registraram o momento exato da batida, na véspera de réveillon.
“De acordo com a avaliação feita, a velocidade foi um fator determinante para o atropelamento. Se o veículo estivesse dentro da velocidade permitida, o veículo teria tido condição de parar”, afirma o perito Ricardo Bittencourt.
A perícia concluiu também que Meiriany Ester Luiz Cotrim, de 27 anos, e a filha Ana Vitória Luiz da Silva estavam atravessando a avenida fora da faixa de pedestres. “As vítimas estavam a três metros da faixa”, diz o perito.
Titular da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict), Nilda Andrade disse que ainda não recebeu o laudo e que, por isso, não pode se posicionar sobre o que isso vai implicar nas investigações. Ela disse ainda que as as apurações continuam e aguarda resultados de outros laudos, como do local do acidente que vai explicar a dinâmica do fato e também o laudo cadavérico das vítimas.
Raul Rodrigues, marido de Meiriany, escapou por pouco. Na época do acidente, ele chegou a dizer que a motorista do carro trafegava em velocidade superior ao permitido na avenida. "A mulher estava muito rápida. Tentou frear o carro por três vezes e não conseguiu. A pancada foi muito forte", relata Raul Rodrigues, marido de Meiriany.
Segundo a delegada, a motorista pode responder por homicídio culposo e perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em depoimento na sexta-feira (10) ela disse à polícia que não se recordava da velocidade em que estava dirigindo no momento do acidente.
“Nós insistimos: ‘Mais ou menos, quanto foi?’. Ela não quis dizer. Falou que não se recorda, não se lembra, que foi tudo muito traumático e que, quando ela viu, a família já estava em impacto com o veículo.”, afirmou a delegada responsável pelo caso Maira Bicalho

Perícia

A equipe de peritos da Polícia Científica fez a perícia na Avenida Independência no último dia 7 e realizou aferições na via com equipamentos de áudio e imagem e tomadas de medidas entre o início e fim das frenagens do carro e correção da distorção da câmera de segurança.
Também perito da Polícia Científica, Ricardo Matos explica que toda câmera tem uma distorção natural, em maior ou menor grau, pela própria lente e que dificulta ou inviabiliza a análise de velocidade de um veículo sem as marcações referenciais. Essa marcação na via foi colocada nesta terça-feira.
“Além da imagem obtida e das marcações, temos a equipe de perícia em crimes de trânsito que veio logo depois do fato e analisou os pontos de impacto e repouso e avarias no carro atropelador", explica Matos

Acidente

O acidente aconteceu no dia 31 de dezembro. Meiriany Ester e Ana Vitória foram arremessadas com o impacto da batida e morreram no local.
A família tinha vindo de ônibus de Nova Veneza, na Região Metropolitana da capital, para passar a festa de Ano Novo com parentes em Goiânia. Eles desembarcaram na rodoviária da capital e seguiram a pé pela Avenida Independência para pegar outro ônibus. Quando atravessavam a via, o carro acertou mãe e filha.
 
Fonte: G1Goiás
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Destakinews Publicidade 1200x90