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26/11/2019 às 14h51min - Atualizada em 26/11/2019 às 14h51min

Aposentada é atacada por cachorro sem coleira em parque de Goiânia: 'Não esqueço um minuto'

Eva dos Santos, de 66 anos, levou uma mordida na perna enquanto tentava socorrer seu cão do ataque. Filha da idosa diz que mãe deixou de fazer atividades por causa do machucado.

O que era para ser um momento de lazer para a aposentada Eva Pereira dos Santos, de 66 anos, acabou se tornando um pesadelo. A idosa foi atacada por um cachorro enquanto passeava com seu cão de estimação - da raça shih tzu - pelo Parque Flamboyant, no Jardim Goiás, em Goiânia. Segundo ela, o cachorro que a atacou tem dono, mas estava solto sem a coleira.
"Estou apavorada. Se passa um cachorro por mim agora, eu já fico com medo, porque eu senti muita dor. Na hora foi uma coisa que me pegou tão de surpresa, que me assustou. Não esqueço um minuto o momento que eu fui atacada por esse cachorro", diz.
Traumatizada com o episódio, Eva conta que o cachorro atacou primeiro o cão dela e, ao tentar defendê-lo, acabou sendo mordida.
"De repente ele avançou no meu cachorro. Assim que ele avançou, eu tentei tirar ele de cima, aí consegui pegar o meu no colo e esse cachorro mordeu minha perna. Senti muita dor, passei muito mal. Dói demais, como dói uma mordida de cachorro", afirma.
Eva passeia diariamente pelo parque de manhã e à tarde. Mas desde que foi mordida pelo cão, na última quarta-feira (20), ela não tem frequentado o local. Até para caminhar dentro de casa a idosa tem tido dificuldades por causa do machucado na perna. A corretora de imóveis e filha da idosa, Fernanda dos Santos, de 37 anos, está ajudando a cuidar da mãe. Segundo ela, desde o dia que foi atacada, a aposentada já passou por consultas, tomou vacina anti tétano e até realizou corpo de delito para constar no boletim de ocorrência registrado na Delegacia do Idoso, em Goiânia.
"A minha mãe não está conseguindo desenvolver as atividades normais dela, que era vir caminhando da casa dela para a minha, passear com o cachorrinho dela, descer com as minhas meninas para elas brincarem", diz.
Fernanda conta que entrou em contato com o dono do cachorro que atacou sua mãe no parque e que ele justificou, por mensagem, que o animal é "dócil" e que o cão de estimação da aposentada "rosnou para ele". "Ele (o dono) alegou que o cachorro dele tem costume de ficar solto brincando com outros cães lá no parque e que o cachorrinho da minha mãe rosnou para o dele. Mas se o cachorro dele estivesse com a guia, mesmo que um tivesse rosnado para o outro, ele teria segurado a guia e isso não teria acontecido", afirma.
A corretora de imóveis afirma que o sentimento é de "revolta". "Ele deu a entender que o cachorro dele estava certo e eu acho que isso não pode ficar impune, principalmente porque tem muitas crianças e idosos no parque, e pode acontecer com qualquer pessoa. Isso causa uma revolta de saber que as pessoas sabem as coisas certas, mas mesmo assim fazem errado", diz.
Fernanda conta que entrou em contato com o Centro de Zoonoses da capital, que informou que é preciso observar se o cachorro que atacou a idosa irá falecer dentro do prazo de 10 dias do ataque, o que indicaria que o animal estava com raiva. Somente nesse caso é que a aposentada deverá tomar a vacina antirrábica.
 
Fonte: G1Goiás
 
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