20/11/2019 às 09h20min - Atualizada em 20/11/2019 às 09h20min
Ex-moradora de rua, auxiliar de limpeza corre o risco de ser despejada com os três filhos se não conseguir pagar aluguel
Rosely da Silva sofreu um acidente e não consegue trabalhar. Ela está desesperada em busca de ajuda para quitar as contas e comprar remédios para o filho, que tem esquizofrenia e epilepsia.
Ex-moradora de rua, a auxiliar de limpeza Rosely Pereira da Silva, de 45 anos, está desesperada porque corre o risco de ser despejada, em
Goiânia. Sem receber desde que sofreu um acidente, ela precisa de ajuda para pagar as contas de casa e cuidar dos três filhos, sendo que o mais velho tem esquizofrenia e epilepsia.
“Há seis anos, nós passamos por um momento muito difícil, tive que morar na rua com meus filhos, mas nos recuperamos. Agora, estou com medo de ter que voltar para a rua. Não estou conseguindo sustentar, estamos comendo o que ganhamos de amigos”, disse a Rosely. Segundo a auxiliar de serviços gerais, o aluguel da casa no Setor Leste Vila Nova está há um mês atrasado, e o dono já a ameaçou de despejo. A energia elétrica foi cortada na última terça-feira (12). Rosely afirma que vai acontecer o mesmo com a água nos próximos dias, caso não consiga pagar a conta, que está atrasada há dois meses.
Filha da Rosely, a estudante Rayssa Lorena Pereira da Silva, de 14 anos, foi quem entrou em contato com a TV Anhanguera pedindo ajuda para a família. Ela disse que chegou a ir para semáforos pedir dinheiro com a mãe.
“Minha mãe é uma guerreira, mesmo com dificuldade, ela sempre lutou muito para criar a gente. Eu sei que ela vai conseguir”, disse a filha. Acidente no trabalho
O descontrole financeiro ocorreu depois que a auxiliar de limpeza se acidentou no trabalho em outubro deste ano. Ela afirma que escorregou e caiu, machucando a coluna. Desde então, ela não recebe salário, já que está encostada. Ela afirma que ainda não recebeu nenhum dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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G1 tentou contato, por telefone e e-mail, com o INSS para obter uma posição em relação a falta do benefício da Rosely e aguarda um retorno.
O filho mais velho da auxiliar de limpeza, Ronaldo José Ribeiro, de 20 anos, tem esquizofrenia e epilepsia. Segundo a mãe, ela gasta cerca de R$ 500 com remédios, por mês, com o jovem. Por conta da dificuldade financeira, atualmente, ele está sem os medicamentos.
“Quando está sem remédio, ele fica agressivo, confuso, não fica bem. Ele mesmo fala para mim: ‘Mãe, me salva’. Ele fica isolado, temos que ficar longe”, disse a mãe. Conforme Rosely, ela afirma que já tentou pegar medicamentos pela Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, mas, segundo ela, não conseguiu.
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), responsável pela instituição, disse, em nota, que um dos remédios de Ronaldo, o Topiramato 50 mg, é fornecido pela central. No entanto, o órgão informou que não encontrou nenhum cadastro no nome do rapaz.
Fonte: G1Goiás