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22/10/2019 às 14h33min - Atualizada em 22/10/2019 às 14h33min

PM afasta diretor de colégio militar após denúncias de que alunos foram obrigados a passar por revista nus, em Goiás

Decisão abrange mais dois policiais. Em nota, governo diz ainda que foi aberto um procedimento para averiguar o caso. Estudante afirmou que revista ocorreu após relato de que alunos estavam com drogas: 'Me senti invadida'.

O Comando Geral da PM afastou o diretor e outros dois policiais que trabalham no Colégio Militar João Augusto Perillo após uma aluna denunciar que ela e colegas foram obrigados a ficarem nus nos banheiros e passarem por revistas íntimas, na cidade Goiás.
Em nota na qual informa sobre os afastamentos, o Governo de Goiás destaca ainda que foi determinada "a imediata instauração de procedimento administrativo, objetivando apurar os fatos relatados pelos alunos submetidos à busca pessoal".
A revista aconteceu na sexta-feira (18) e teria ocorrido para verificar se eles estavam com drogas após uma denúncia de que estudantes estariam envolvido com tráfico.
“Tinha uma policial no banheiro feminino e um policial no masculino. A gente tinha que tirar a roupa, abaixar cinco vezes. Eu mesmo sou uma das alunas que não quer ir para a escola pela vergonha que eu passei. Me senti invadida”, disse a estudante que denunciou o caso e preferiu não se identificar.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) disse que foi informada e que acionou a Superintendência Escolar para acompanhar o caso.

Pais reclamam

A mãe da aluna disse que nenhum pai e nem o Conselho Tutelar foram chamados para acompanhar a revista. “Eu não tenho nada a reclamar do ensino, mas essa conduta eu achei muito violenta com as crianças”, contou.
A revista teria sido feita com alunos de uma única sala, que tem quase 40 estudantes. Os pais contam que a justificativa da direção era que receberam uma denúncia de alunos que estariam envolvidos com tráfico de drogas.
Eles denunciaram o caso ao Conselho Tutelar, que encaminhou um relatório para o Ministério Público. O órgão explicou que a apuração vai definir se a revista vai contra o Estatuto da Criança do Adolescentes (ECA). “Eles porem crianças e adolescentes em situação vexatória, de constrangimento, isso é crime”, disse o conselheiro Dionísio Teodoro dos Santos.
 
Fonte: G1Goiás
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