17/10/2019 às 14h45min - Atualizada em 17/10/2019 às 14h45min
Jovem é preso suspeito de matar homem em 'batismo de facção', em Goiânia
Câmeras de monitoramento gravaram o momento em que a vítima é baleada na cabeça. O investigado confessou o crime à imprensa, mas disse que matou para se defender em briga.
Um jovem de 18 anos foi preso na noite de quarta-feira (16) suspeito de matar um homem, em
Goiânia. Segundo as investigações, o homicídio foi uma forma “batismo de facção” criminosa. Ao ser apresentado à imprensa, Carlos Vinícius Lima confessou o assassinato, mas disse que foi para se defender, pois estava sendo ameaçado.
Câmeras registraram quando
a vítima foi baleada na cabeça enquanto andava na rua (assista acima). Nas imagens, Diego Silva Nascimento, de 31 anos, aparece ao lado de um homem, ainda não identificado.
“A vítima estava vendendo droga para esse homem, quando o Carlos passou de bicicleta, parou, e atirou no Diego. O outro homem que aparece no vídeo estava sob o efeito de droga e nem percebeu o homicídio, ele não tem ligação com o crime”, disse a delegada Marcela Orçai.
Carlos afirmou que teve uma briga relacionada ao uso de drogas com Diego antes do crime. “Ele chegou querendo pegar meu baseado, eu disse que não, ele me deu um tapa na cara, disse que ia matar minha família. Ai eu fui e matei ele”, disse.
No entanto, a polícia não acredita nessa hipótese de que o preso estava tentando se defender.
“Foi um batismo de facção. O Carlos tentava entrar em uma das organizações e a vítima era de outra. Pelas imagens, dá para perceber que eles não se conheciam, muito menos tiveram uma briga, porque quando o Carlos passou, o Diego não deu atenção”, explicou a delegada.
Carlos foi detido pela Polícia Militar menos de 24 horas depois do crime. “Ele foi preso quando andava na rua, na Vila Mutirão. Conseguimos identificar o suspeito depois de um compartilhamento de informações entre a PM e a Delegacia de Homicídios. Eles conseguiram melhorar imagens de câmera de segurança, nos passaram e conseguimos identificar o Carlos e prender”, disse o tenente-coronel Alessandro Arantes.
A arma usada no crime não foi encontrada. Carlos vai responder por homicídio qualificado. Como foi preso em flagrante, ele vai passar por audiência de custódia para que a Justiça determine se ele seguirá preso.
Fonte: G1Goiás