Uma mulher, cuja identidade não foi divulgada, revelou que foi estuprada na frente do marido por Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos.
Considerado o maior estuprador em série de Goiás, ele é suspeito de 47 abusos, dos quais, segundo a Polícia Civil, 22 foram confirmados por meio de exames de DNA.
Em vídeo divulgado pela polícia
(veja acima), a vítima relata que estava voltando da casa do cunhado, por volta das 20h, quando foi abordada junto com o esposo. Após roubar o celular do homem, ele praticou o abuso.
"Foi onde ele mandou eu tirar minha roupa e começou a fazer o ato, me estuprar, fazer o que queria, do lado do meu marido. Falou para ele [marido] não falar nada nem olhar para ele em momento algum. Depois disso, ele prosseguiu e falou que não era para nós olharmos porque senão ele matava a gente", disse.
Preso na semana passada, em Aparecida de Goiânia, Wellington foi apresentado à imprensa na quinta-feira (19). A polícia disse que ele confessou a prática de seis abusos. A corporação não soube informar se ele tem advogado.
“Em nenhum momento ele demonstra arrependimento, ele é uma pessoa fria e dissimulada. O laudo do psicólogo já apontou que ele tem plena capacidade de compreender os atos por ele praticados", disse a delegada Ana Paula Machado.
Vídeo
A polícia informou que Wellington atuava sempre à noite. Há registros em Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás, Abadia de Goiás e Hidrolândia.
Um vídeo obtido pela polícia mostra o homem passando por uma rua de Aparecida de Goiânia com uma garota de 12 anos na garupa
(vídeo no início da matéria). Ele a levou para um lugar afastado, onde praticou os abusos.
Wellington abordava as mulheres usando uma arma, pegava os celulares das vítimas, as colocava na moto e as estuprava em um local afastado. Para dificultar a identificação, ele jamais tirava o capacete e os crimes eram cometidos todos durante a noite ou madrugada, quando está escuro.
Entre os casos, está um ocorrido em 2011, quando ele teria estuprado uma mulher e a filha dela, de cinco meses.
DNA
A força-tarefa que resultou na operação, batizada de Impius, durou 45 dias e envolveu mais de 40 pessoas. Ela teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o perfil genético de Wellington em várias vítimas de estupros.
“Em 2015, foram coletados vestígios de uma vítima de estupro e inserido no banco genético. Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra vítima e coincidiu com a amostra anterior. No mesmo ano apareceram outras quatro vítimas compatíveis. No final de 2018 já somavam nove mulheres e isso nos chamou a atenção. Com isso, avisamos à Polícia Civil”, disse o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Marcos de Melo.
Wellington chegou a ser preso na época e transferido para o Mato Grosso. Porém, meses depois, conseguiu fugir e voltou para Goiás.
“Ele é originário do Mato Grosso. Aos 22 anos, ele chefiava uma organização que cometia assaltos e homicídios. Em uma chacina, ele matou a ex-mulher e dois filhos dela. Ele despreza mulher, a considera um ser inferior. Ele filmava as vítimas após o estupro para que elas não O denunciassem, abusou por duas vezes de mães e filhas”, disse o delegado Carlos Levergger.
Segundo a polícia, o suspeito estava com uma moto roubada e identidade falsa ao ser abordado. Além de responder por receptação e uso de documento falso, ele também vai responder por roubo e estupro. Devido à quantidade de crimes, a pena, somada, pode chegar a 600 anos de prisão.
Fonte: G1Goiás