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12/09/2019 às 14h26min - Atualizada em 12/09/2019 às 14h26min

Sócios de rede de supermercados, pai e dois filhos são presos suspeitos de integrar esquema de roubo de cargas em Goiás

Segundo polícia, eles compravam carregamentos de intermediador a um preço 20% menor que o praticado no mercado e revendia, obtendo um lucro 'exorbitante'. Caminhoneiros também participam de crimes e simulavam assaltos.

Um empresário e dois filhos dele, todos sócios proprietários de uma rede de supermercados, foram presos suspeitos de integrar um esquema que agia no roubo de cargas, em Goiás. Segundo a Polícia Civil, por meio de um intermediador, eles compravam os carregamentos por um valor 20% menor que o praticado no mercado e depois os revendiam em seus estabelecimentos, obtendo um lucro "exorbitante".

O trio foi preso em flagrante na quarta-feira (11), em Goiânia. A operação, batizada de "A Grande Família do Crime", também prendeu o gerente de um dos dois supermercados da família. Dois caminhoneiros e um intermediador tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça e estão foragidos.

A polícia disse que, informalmente, os presos confessaram o crime, mas, em depoimento, se mantiveram em silêncio. A corporação não soube informar o nome dos advogados dos detidos.

De acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros, responsável pelo caso, a investigação começou após o falso roubo de uma carga de leite especial, no último dia 1º de setembro.

Na ocasião, o motorista do caminhão alegou que havia sido vítima de um assalto e que tinha sido feito refém por 12h por homens armados. A polícia suspeitou da atitude dele e passou a monitorar a carga pelo número de lote e conseguiu encontrar os produtos no galpão pertencente aos empresários, momento em que eles foram presos em flagrante.


"Para nossa grata surpresa nós descobrimos dentro desse galpão desses dois supermercados, que é de uma rede dos mesmos donos, lá existia mais seis cargas roubas, que foram roubadas em Minas Gerais e Brasília", disse o delegado.

Lucro 'exorbitante'

De acordo com Barros, o grupo familiar comprava a carga por um preço até 20% menor que seu valor real. Com isso, eles conseguiam também baixar o preço dos produtos, mas ainda obtendo um grande lucro. Ele usou a carga de leite para exemplificar a questão.

"Um leite especial, por exemplo, custa R$ 90 ao consumidor final em qualquer farmácia. Eles colocaram ele a venda por R$ 35. Saiu para eles, se formos analisar, uma unidade, a R$ 12 cada lata. O lucro é exorbitante em todos os aspectos", calcula.

O responsável pelo caso revelou que o pai e os dois filhos tinham uma vida de luxo. Moravam em condomínios fechados e andavam em carros importados.

Eles foram autuados em flagrante por receptação, associação criminosa e crimes contra a ordem tributária.

A polícia investiga ainda os donos de outros três supermercados que podem ter participado do esquema.

 

Fonte: G1Goiás


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