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09/08/2019 às 14h22min - Atualizada em 09/08/2019 às 14h22min

Filho crê que mãe se salvou ao trocar de assento no ônibus pouco antes de acidente: 'Foi Deus'

Ela quebrou os dois pés e teve traumas na cabeça, mas está consciente. Um homem de 29 anos morreu e ao menos outras três pessoas seguem internadas em Goiânia.

O comerciante Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, falou do alívio ao saber que a mãe, que se machucou no acidente entre ônibus e caminhão, em Goiânia, provavelmente se salvou de um resultado mais grave momentos antes da batida. De acordo com ele, Maria Socorro de Oliveira, de 56 anos, estava sentada atrás do homem que morreu, mas mudou para o lado oposto minutos antes do acidente.
“Ela tava sentada do lado esquerdo atrás do rapaz que faleceu. Ela mudou pouco depois por causa do sol. Foi para o lado direito. Foi Deus”, contou, emocionado.
A batida aconteceu no Jardim Presidente, na quinta-feira (8), quando o caminhão que passava pela Rua Tyler bateu na lateral do ônibus, que descia pela Rua Presidente Roover. Imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento da batida que fez o coletivo tombar. Um homem de 29 anos morreu e várias ficaram feridas.
Carlos disse que, apesar do susto, a mãe está bem firme. Ela teve traumas na cabeça e saiu de uma cirurgia para fechar os ferimentos pouco antes das 10h. Além disso, ela está com os dois pés quebrados.
“Apesar de tudo ela se lembra, está lúcida, conversando. Ela é muito forte. Ela disse que o ônibus estava normal, mas quando viu que o caminhão vinha muito rápido, parece que tentou acelerar para sair do cruzamento mais rápido, por isso ele bateu mais atrás, senão teria sido bem mais no meio”, explicou.
Ele chegou ao local do acidente a tempo de ver o ônibus tombado e as vítimas pedindo por ajuda. Carlos ajudou a mãe a sair do veículo e se emocionou ao lembrar da cena. "A verdade é que a gente entra em desespero", disse.
Além dela, outros dois pacientes estão no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), ambos na enfermaria, conscientes e estáveis.
Outros três, sendo duas crianças e um adulto, já passaram pelo mesmo hospital por causa de ferimentos na batida, mas receberam alta.
Os dois menores feridos são irmãos de 12 e 14 anos. O mais velho contou que, mesmo desesperado, ajudou o caçula a sair do ônibus depois da batida.
"Assustado, né. Eu vi chegando, e eu estava bem onde ele bateu. [A pancada] me jogou, mas eu consegui segurar no banco. Meu irmão que não conseguiu se segurar em nada e acabou cortando a cabeça", contou o estudante Gabriel Caleb, de 14 anos.
Um homem foi levado para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), e também já foi liberado. Ele contou brevemente o que viu: "Quando eu vi, foi só a batida. Só vi o povo gritando", disse.
A auxiliar de limpeza Isabel Cristina França dos Santos disse que o irmão dela estava no ônibus no momento do acidente e também se machucou.
"Ele foi arremessado e voltou. Foi a hora que deu a lesão na coluna dele. Ele caiu e não conseguiu mais levantar. [...] Pensava que não ia escapar", contou.

Investigação

A Delegacia de Investigação de Crimes de Transito (Dict) está apurando o caso. Eles já analisaram o tacógrafo do caminhão, que mostrou que oveículo estava a 62 km/h na hora da batida, enquanto o máximo permitido na via é de 40 km/h.
Além disso, eles apuraram que a sinalização no local está muito apagada e nem tem placa que indique qual a velocidade máxima da rua.
A Secretaria Municipal de Transito, Transporte e Mobilidade (SMT) disse que vai mandar uma equipe ao local para analisar a situação.
O motorista do caminhão ficou no local após o acidente, passou pelo teste do bafômetro, que indicou que ele não tinha ingerido bebida alcoólica. A delegada Nilda Andrade, que investiga o caso, quer ouvi-lo ainda nesta sexta (9), mas não havia horário marcar para o depoimento até as 10h50.
Fonte: G1Goiás
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