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26/07/2019 às 15h51min - Atualizada em 26/07/2019 às 15h51min

Helicóptero da Presidência foi usado por parentes de Bolsonaro para ir ao casamento de Eduardo

Gabinete de Segurança Institucional informou que os parentes foram transportados por 'razões de segurança' porque haveria comunidades perigosas no caminho para a cerimônia. Sobrinho apagou vídeo em rede social.

Helicóptero da Presidência da República foi usado para transportar convidados para o casamento de Eduardo Bolsonaro, deputado federal do PSL e filho do presidente, com a psicóloga gaúcha Heloísa Wolf, no dia 25 de maio deste ano.
Um sobrinho de Jair Bolsonaro divulgou em sua página de uma rede social um vídeo em que ele e outras pessoas – todas com roupa de festa - embarcam em um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB).
“E aí, senhores, estamos bonitos? Vamos passear de… helicóptero”, diz Osvaldo Bolsonaro Campos no vídeo. Após o G1 questionar nesta quinta-feira (25) a FAB e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre os passageiros e o motivo do uso da aeronave, o vídeo foi apagado da rede social.
Osvaldo é filho de Maria Denise Bolsonaro, uma das irmãs do presidente. “Saiu a caravana do Vale do Ribeira direto para o Rio de Janeiro. Vamos, caravana", afirma ele.
Osvaldo registrou em um vídeo de 24 minutos a viagem entre o aeroportos de Jacarepaguá (Bolsonaro tem residência no bairro vizinho, na Barra da Tijuca) e Santos Dumont (no Centro do Rio, próximo a Santa Teresa, onde aconteceu a cerimônia).
O trajeto de 35 km, que, de carro, seria feito em cerca de 35 minutos - foram 14 minutos de voo. Nas imagens, aparecem também outras pessoas, entre elas, irmãs de Bolsonaro e o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), amigo do presidente.

Militares da Força Aérea, fardados, ajudam os passageiros a embarcarem e a colocarem os cintos de segurança. O helicóptero é um H-36 Caracal, com camuflagem. Nas imagens, ele parece estacionado ao lado de um helicóptero igual, de cor branca, que é usado por Bolsonaro.
O GSI informou que “por razões de segurança” decidiu que o “presidente e familiares fossem transportados em helicópteros da Força Aérea Brasileira”. Como o casamento era em Santa Tereza, eles passariam por algumas comunidades perigosas.
E cita a lei 13.844, de junho de 2019, feita após o casamento, que diz em parágrafo único: “Entende-se por viagem presidencial em território nacional os deslocamentos, para diferentes localidades no País, do Presidente ou do Vice-Presidente da República e respectivas comitivas.” Não especifica quem pode se deslocar em aeronaves da Presidência e em que ocasiões. O artigo 10 dessa lei diz que: “Os casos omissos deverão ser submetidos à apreciação do Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.”
O gabinete do deputado Hélio Lopes afirmou que ele integrava a comitiva presidencial. “Saiu de Brasília para ir acompanhando o presidente para o casamento do filho Eduardo.”
G1 ligou para Osvaldo em sua loja de materiais de construção em Jacupiranga, no interior de São Paulo, mas foi informado que ele não se encontrava, e deixou recado. Também deixou mensagem em seu perfil na rede social, mas não teve retorno até as 13h desta sexta (26).
 
Fonte: G1
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