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03/06/2019 às 15h32min - Atualizada em 03/06/2019 às 15h32min

Lis e Mel: gêmeas siamesas separadas por cirurgia no DF recebem alta de hospital após 36 dias

Irmãs comemoraram aniversário de 1 ano nesse sábado (1º). Elas ficaram unidas pela cabeça por 10 meses; procedimento é considerado de alta complexidade.

As irmãs siamesas Lis e Mel – separadas, em abril, por uma cirurgia inédita no Distrito Federal – receberam alta médica na manhã desta segunda-feira (3). Elas comemoraram o aniversário de 1 ano nesse sábado (1º) e, de presente, ganharam a autorização para voltar para casa.
As meninas estavam internadas há 36 dias, no Hospital da Criança de Brasília. A alta foi assinada pelo médico Benício Oton, coordenador da equipe que realizou o procedimento. "Já assinei as altas, falta fazer curativos especiais", explicou o cirurgião. "Devem sair ainda hoje de manhã".
Mel e Lis passaram 10 meses unidas pela cabeça, na altura da testa. A separação das gêmeas siamesas ocorreu no dia 27 de abril. O procedimento, de alta complexidade, é considerado "raríssimo" pelos médicos e durou cerca de 20 horas – com 36 etapas.
De acordo com a Secretaria de Saúde, esta foi a primeira cirurgia do tipo realizada no Distrito Federal, a terceira do Brasil e a décima do mundo.
Recuperação
Lis saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na última segunda-feira (27). Mel havia deixado a unidade intensiva uma semana antes. Quando as duas se encontraram, no mesmo quarto da enfermaria, trocaram longos olhares, se tocaram e Mel recebeu a irmã com um beijo (veja vídeo abaixo).
Em entrevista anterior ao G1, a mãe das meninas, Camila Vieira, disse que a gratidão é o sentimento que mais representa a família.
"Agora, nós vemos a vida de uma forma diferente. Assim como elas lutaram, também aprendemos a dar mais valor à nossa [vida]."
Gêmeas siamesas se encontram após cirurgia de separação
G1 DF
 

Cirurgia complexa

Mais de 50 profissionais participaram do procedimento, todo feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital da Criança de Brasília José de Alencar.
Segundo a equipe médica, não havia veias ou artérias ligando o cérebro das meninas. Mas o processo, além de raro, exigia extremo cuidado. No local em que os cérebros ficavam encostados não existia nenhuma membrana revestindo o sistema nervoso.
Fonte:G1
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