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22/05/2019 às 15h20min - Atualizada em 22/05/2019 às 15h20min

Lista GE: lembre dez vezes em que as zebras passearam pela Copa do Brasil

Clubes do interior sendo campeões, gigantes caindo para surpresas: o torneio nacional tem uma longa fama de resultados improváveis

Disputada desde 1989, a Copa do Brasil tem três décadas de disputas marcadas por uma manada de zebras. O principal torneio de mata-mata do país é famoso pelo espaço que dá para times do interior superarem gigantes nacionais e até alcancem o título. Abaixo, listamos dez vezes em que a Copa do Brasil nos surpreendeu.
Criciúma campeão em 1991
Já na terceira edição do torneio, um clube do interior de Santa Catarina chegou ao título. O Criciúma, treinado por um certo Luiz Felipe Scolari, superou o Grêmio na final, aproveitando a combinação de dois empates: 1 a 1 no Olímpico, 0 a 0 em Criciúma.
Na campanha do título, o Criciúma eliminou Remo nas semifinais, Goiás nas quartas e Atlético-MG nas oitavas. A campanha foi invicta e teve a defesa como marca forte, com apenas três gols sofridos.
A conquista foi surpreendente, dada a força de concorrentes bem mais tradicionais, mas não foi ocasional: no ano anterior, o Criciúma já tinha chegado às semifinais.
Linhares desbanca o Fluminense
O Linhares, do Espírito Santo, foi a grande zebra da Copa do Brasil de 1994. O clube chegou até as semifinais do torneio, mas sua maior vítima foi abatida já na primeira fase: o Fluminense.
A façanha foi consequência de dois empates. No primeiro jogo, nas Laranjeiras, 2 a 2; no segundo, em casa, o Linhares conseguiu um gol quase no fim do jogo, de falta, com Arildo, e ficou com a vaga. No Fluminense, estavam jogadores como Branco (que seria campeão mundial com a Seleção meses depois), Ézio e Mário Tilico.
Na sequência, o Linhares eliminou São José-AP e Comercial-MS até cair para o Ceará nas semifinais.
Em 1999, o Juventude atropela
Mais de 100 mil pessoas viram o Juventude ser campeão da Copa do Brasil no Maracanã em 1999. Treinado por Valmir Loruz, o clube de Caxias do Sul vivia seu auge, amparado pela parceria com a Parmalat.
A campanha já deu mostras do que o time seria capaz. Na segunda fase, por exemplo, goleou o Fluminense por 6 a 0. Nas oitavas, despachou o Corinthians com duas vitórias.
Um dos momentos mais marcantes aconteceu nas semifinais. O Juventude enfrentou o Inter, e eram tempos de forte rivalidade entre os clubes. No primeiro jogo, houve empate por 0 a 0. No segundo, o Juventude atropelou: 4 a 0 no Beira-Rio.
A final foi contra o Botafogo, de Bebeto e Sérgio Manoel, e o Ju venceu o primeiro jogo, em Caxias do Sul, por 2 a 1. Na volta, empate por 0 a 0 no Maracanã bastou para confirmar o título.
O ASA surpreende o Palmeiras
O Palmeiras, em 2002, foi vítima de uma maiores zebras da história da Copa do Brasil. Treinado por Vanderlei Luxemburgo e recheado por jogadores como o goleiro Marcos, o lateral-direito Arce e o meia Alex, caiu em casa, já na primeira fase, para o modesto ASA, de Arapiraca-AL.
No primeiro jogo, no agreste alagoano, o ASA venceu por 1 a 0. Na volta, o Palmeiras abriu com Galeano, mas o adversário buscou o empate ainda no primeiro tempo, com Sandro Goiano. Isso obrigava o Verdão a fazer dois gols no segundo tempo, mas ele só conseguiu um: com César.
O ASA, porém, não teria vida longa na competição. Já na fase seguinte, cairia para o Confiança-SE, com vitória de 2 a 1 em casa e derrota de 4 a 0 fora.
O Brasiliense na final
Ainda em 2002, o Brasiliense surpreendeu por mais tempo. O clube do Distrito Federal desbancou alguns dos principais times do país e alcançou a final contra o Corinthians.
Na campanha, a equipe treinada por Péricles Chamusca passou com autoridade pelo Fluminense nas quartas de final (duas vitórias de 1 a 0) e pelo Atlético-MG nas semifinais (mais duas vitórias: 3 a 0 e 2 a 1).
E a decisão foi muito equilibrada. O primeiro jogo foi no Morumbi, e o Corinthians venceu por 2 a 1, com dois gols de Deivid – e o Brasiliense saiu de campo revoltado com a arbitragem de Carlos Simon. Na partida da volta, o time da casa saiu na frente, mas outro gol de Deivid deu o título ao Corinthians e evitou mais uma zebra na Copa do Brasil.
Em 2004, Mano desponta com o 15 de Campo Bom
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Mano Menezes tem três títulos de Copa do Brasil, um pelo Corinthians e dois pelo Cruzeiro, e essa história começou lá atrás, em 2004, por um clube bem mais modesto: o 15 de Novembro, da cidade gaúcha de Campo Bom.
A campanha do 15 começou com dois empates contra a Portuguesa Santista. E aí foi a vez de enfrentar o Vasco na segunda fase. No primeiro jogo, o Vasco saiu na frente e teve Marcelinho Carioca expulso. E o 15 buscou o empate: 1 a 1.
Mas o milagre aconteceu mesmo na volta. O 15 surpreendeu e fez 3 a 0 no Vasco em São Januário, com todos os gols no segundo tempo.
O time gaúcho seguiria adiante no torneio, passando pelo Americano nas oitavas de final e pelo Palmas nas quartas, até cair para o Santo André.
O Santo André campeão no Maracanã
00:00/04:42
A vitória sobre o 15 de Novembro nas semifinais alçou o Santo André para a decisão da Copa do Brasil e confirmou a grande campanha do clube do ABC Paulista – que já tinha eliminado Atlético-MG, Guarani e Palmeiras.
Mas o desafio na decisão não era simples: contra o Flamengo, e com a finalíssima prevista para o Maracanã. No primeiro jogo, realizado no Palestra Itália, houve empate por 2 a 2 – gols de Osmar e Romerito para o Santo André e de Roger e Athirson para o Flamengo.
Na volta, o favoritismo era todo rubro-negro. E o Santo André surpreendeu. Com dois gols no segundo tempo, de Sandro Gaúcho e Élvis, deixou o Maracanã perplexo e confirmou uma zebra histórica na Copa do Brasil.
O Baraúnas faz o Vasco viver novo fiasco
00:00/02:51
O Vasco ainda tinha na lembrança a eliminação para o 15 de Novembro em 2004 quando levou nova pancada. Em 2005, caiu para o desconhecido Baraúnas-RN.
Foi o dia em que Cícero Ramalho superou Romário. No primeiro jogo, em Mossoró-RN, houve empate por 2 a 2. E a volta foi inacreditável. Em São Januário, o Baraúnas fez 3 a 0 no Vasco – uma das maiores surpresas que o futebol brasileiro já viu.
O Baraúnas, que já vinha de triunfos sobre América-MG e Vitória nas fases anteriores, acabou eliminado pelo Cruzeiro nas quartas de final, com duas pancadas: 7 a 3 e 5 a 0. Mas tinha seu lugar garantido na história das zebras da Copa do Brasil.
O Paulista repete o Santo André
00:00/03:46
Um ano depois de o Santo André ser campeão contra o Flamengo no Rio, o Paulista repetiu a dose – mas contra o Fluminense. O clube de Jundiaí teve um caminho duro até a decisão, passando por Botafogo, Inter, Figueirense e Cruzeiro.
Na final, o Paulista abriu vantagem no primeiro jogo, disputado em Jundiaí, com vitória de 2 a 0 – gols de Márcio Mossoró e Léo. Na volta, o time treinado por Vagner Mancini foi competente para segurar o 0 a 0 em São Januário e ficar com a taça.
O América-RN vive um milagre
00:00/04:38
Em 2014, o América-RN protagonizou uma das viradas mais impressionantes do futebol brasileiro nos últimos anos. Pela Copa do Brasil de 2014, enfrentou o Fluminense, em jogo válido pela terceira fase, e viveu uma partida épica no Maracanã.
A história começou a ser construída no primeiro jogo, vencido por 3 a 0 pelo Fluminense, em Natal. A vaga ficou tão perdida para o América-RN, que o técnico Oliveira Canindé poupou jogadores no primeiro tempo do duelo de volta, no Maracanã.
E o Fluminense ainda terminou o primeiro tempo na frente no Rio – 2 a 1, gols de Fred e Cícero. Para o América ficar com a vaga, precisaria fazer quatro gols no segundo tempo. E foi o que fez, com três deles marcados nos últimos 15 minutos.
O América ainda eliminaria o Athletico-PR nas oitavas de final, mas o sonho terminaria na etapa seguinte, com a queda para o Flamengo.
Fonte:G1esportes
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