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14/05/2019 às 13h26min - Atualizada em 14/05/2019 às 13h26min

Após faltar duas vezes, policial civil acusado de matar a mulher enfrenta júri popular em Goiânia

Segundo a denúncia, em 2013, o réu atirou contra a esposa dentro de casa durante uma briga. Defesa diz que disparo foi acidental.

O policial civil Aluísio Araújo de Paula Frazão, de 54 anos, acusado de matar a mulher, Renata Georgiane Souza Leite, de 32, enfrenta júri popular nesta terça-feira (14), em Goiânia. O crime ocorreu em 2013. A sessão ocorre após dois adiamentos, ambos motivados pela ausência do réu, que justificava as faltas por meio de atestados médicos e da constituição recente de advogados.
O julgamento é presidido pelo Jesseir Coelho de Alcântara. Aluísio responde por homicídio qualificado por motivo fútil. A vítima foi assassinada com um tiro a queima-roupa na boca.
O promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos disse que vai sustentar a condenação por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar. "Temos várias provas, a confissão de autoria, o laudo, o confronto microbalístico, o tiro de encosto. Vou provar que o disparo foi um ato voluntário", afirma.
Já o advogado do réu, Thales Jayme, reconhece a autoria, mas vai trabalhar por uma absolvição, alegando que o tiro foi acidental.
"Foi uma fatalidade por conta de imprudência. O disparo foi acidental. Se os jurados não entendem assim, vamos tentar desqualificar o homicídio doloso para culposo. E ainda podemos mencionar homicídio privilegiado, provocado por violenta emoção", destaca.
Alguns familiares da vítima compareceram à sessão vestindo camisetas com a foto de Renata estampada. A tia dela, Delma Souza, diz que o policial é culpado e deve pagar pelo que fez.

"Queremos a vitória, queremos justiça. A família ainda está muito abalada. Não temos dúvida que ele tinha a intenção de matá-la", desabafa.

Remarcações

O júri foi marcado inicialmente para o dia 29 de novembro do ano passado. Porém, como o policial não compareceu, a sessão foi remarcada para o último dia 14 de março, quando Aluísio também não foi. Em ambos os casos, ele alegou estar doente e apresentou atestados.
Na segunda falta, o juiz decretou a prisão dele, cumprida no dia 19 de março. Ele segue no presídio desde então.

Crime

Segundo a denúncia, Renata foi assassinada no dia 5 de maio de 2013, na casa onde o casal vivia, no Parque Amazônia.
O Ministério Público apurou que, naquele dia, os dois beberam e houve uma briga sobre uma possível separação. Durante a discussão, conforme a denúncia, Aluísio pegou uma arma, atirou na mulher e fugiu em seguida.
A investigação apontou que o casal vivia um relacionamento conturbado e já tinham se separado e reatado algumas vezes.
Fonte:G1Goiás
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